Por esta janela, vejo placas espalhadas por toda a cidade com a seguinte frase: É Proibido Fumar Neste Local. Mas uma em especial me chamou a atenção: Obrigado por não fumar. Convenhamos que diante das proibições impostas com a criação da Lei Antifumo, esta mais para: Obrigados a não fumar.
Não vejo esta Lei com maus olhos, pois sei o bem que faz a sociedade respirar um ar melhor. Mas penso pelo lado dos fumantes, acostumados a sentar em um bar, com uma área reservada para eles, acender seu cigarro e aproveitar a noite sem maiores preocupações.
Bares, restaurantes e casas noturnas que já tinham em sua estrutura ambientes abertos, não sofreram com a Lei, mas aqueles que não possuem, perdem sua clientela, pois que fumante frequentaria um lugar onde não possa fumar? Até mesmos os locais considerados luxuosos, conhecidos pelos melhores serviços, pela ausência de filas durante toda a estadia no ambiente, se deparam agora com filas para pequenos espaços improvisados para que seus frequentadores não fiquem na vontade de fumar. Mas diferente desses locais que procuraram formas alternativas de evitar que nem o local, nem o cliente sejam prejudicados, casas noturnas recolhem maços de cigarro, obrigando os clientes a jogarem seus maços fora ou não os permitem entrar no local. Portar cigarro é diferente de fumar. É claro que quem tem um em mãos, é para fumar, mas isso não dá o direito de ter que jogá-lo fora. Se não querem que os clientes fumem devido à ausência de espaços abertos, simplesmente recolham os maços, e na saída os devolva, ou coloquem mais fiscais para evitar transtornos.
Uma placa não menos interessante que as outras é a: Fume na Rua. O local é permitido, um espaço aberto e perfeito para matar a vontade, se não fosse o detalhe, não existe cinzeiros nas ruas, e os fumantes jogam diariamente pontas de cigarros no chão.
A Lei, sem duvida trará muitos benefícios a sociedade, garantindo o direito dos não fumantes. Mas e os fumantes, devem se ausentar da vida social? Deixar de fazer seus programas preferidos, como se fossem culpados por terem um vicio? E as ruas, já não bastava tanta sujeira?

Maria Amélia